sexta-feira, 1 de abril de 2011

Resposta ao jornal O Globo (1º de abril de 2011)

Dessa vez, o jornal O Globo ao menos escolheu o dia certo para atacar-me: o dia 1º de abril, o dia da mentira. Ao contrário do que o jornal tenta passar, com a chamada de primeira página intitulada “Era ele mesmo” e a reportagem interna, na página quatro, denominada “Eduardo Cunha é investigado pelo STF, que quebra sigilo de inquérito”, friso novamente: não sou réu no STF (Supremo Tribunal Federal) nessa suposta investigação. Mais uma vez o jornal retoma o assunto de novembro publicando a mesma coisa, com um único intuito: perseguição pessoal.

Em 24 de novembro do ano passado, fiz discurso na Câmara Federal comentando essa “novidade” do jornal O Globo. Na última segunda-feira (28), no discurso que fiz no grande expediente, referi-me novamente a essa campanha de O Globo contra mim. Anunciei à época que solicitaria cópia do tal relatório e o STF se pronunciou somente sobre o meu pedido de cópia. Eu mesmo disse na ocasião que achava ótimo que se investigasse para que a opinião pública constatasse que não havia nada. Quanto ao STF, o meu advogado está preparando pedido para que saia de lá por absoluta inexistência de nada contra mim.

O jornal já havia publicado, em novembro, supostos textos de conversas anotadas pelo tal relatório e agora pinça pedaços do mesmo para tentar impor à opinião pública que se trata de alguma novidade.  

Não falei com o jornal e nem vou falar porque simplesmente não adianta. Eles sempre publicam o que querem, jamais publicaram as minhas respostas na mesma equivalência do denuncismo  tendencioso que cometem. Sempre deturparam minhas respostas e colocavam uma frase solta ao fim das pseudo-reportagens para tentarem legitimá-las. Então, com eles, de O Globo, não perderei mais tempo. As minhas ações judiciais sobre as matérias estão prontas e eles serão notificados, em breve.

E quem disse que O Globo, na edição deste 1º de abril, contentou-se somente com a repercussão do inquérito no STF para manter a sanha contra mim? Nota da coluna “Panorama Político”, na página dois, é outra sandice do veículo. Tentar vincular o destino do Hélio Costa a mim é tão ridículo que nem merece comentários. Recebi um telefone do próprio ministro Palocci, também citado na nota, que já desmentiu a informação de que teria dito que Hélio Costa “estaria no limbo junto à presidenta Dilma” por sua ligação comigo. O líder do PMDB, deputado Henrique Alves, também ligou para mim desmentindo a nota do jornal.

Hélio Costa é um bom companheiro partidário, só que era ministro do presidente Lula quando eu era oposição no primeiro mandato, entre 2002 e 2006.

Se houvesse a vinculação, ou ele não teria sido ministro ou eu não teria sido oposição. Isso é mais uma bobagem publicada pelo Globo cuja finalidade é apenas a de criar intrigas.

Ass. deputado federal Eduardo Cunha
1º de abril de 2011.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO DIA 20 DE FEVEREIRO DE 2011

Ao me deparar com as novas matérias do jornal O Globo desse fim de semana, somadas às notas aqui e ali de picuinhas derivadas, sinto-me no dever de continuar a esclarecer aos meus amigos e eleitores acerca desses assuntos.

Completará três meses amanhã, 21 de fevereiro, que O Globo, através do repórter Chico Otávio, iniciou uma campanha contra mim fazendo-me explicar, em discurso na Câmara dos Deputados, em 24 de novembro de 2010, os reais motivos dessa campanha e sobre a qual não vou ficar repetindo.

Esse repórter aborda a todos que, por ventura, queiram falar de mim. Procura amigos, desafetos, vasculha a minha vida e a de todos que, em algum dia, se relacionaram comigo. Delira, apresentando às pessoas supostos fatos, tentando obter a confirmação para novas publicações, etc. Em resumo, faz da sua atividade profissional única e exclusivamente tentar me denegrir.

Aliado a isso, eu já o processo, como processo vários outros jornalistas de O Globo. Em nome dessa fúria contra mim, passaram (e passam) por cima de qualquer jornalismo sério e ético, onde versões viram fatos, não sou ouvido e, quando fazem a benevolência de me ouvirem, enviam um e-mail com uma pergunta simples para legitimar toda a matéria que querem produzir.

Quem vive o meio e conversa com jornalistas de outros órgãos ou com pessoas isentas, salta aos olhos a campanha, que, não tenham dúvidas, visa mesmo a buscar a  me destruir e todos que estão a minha volta ou estiveram irão  juntos, se não me largarem. É assim que a situação está sendo conduzida.

Falam muito que processo jornalistas demais e aí, pergunto: Qual jornalista da Folha de S.Paulo ou da Veja que processei na minha vida? E não me digam que esses veículos não publicam matérias desfavoráveis a mim, mas o fazem respeitando a minha versão. Mesmo em O Estado de S. Paulo, processo colunista que tem conteúdo de opinião, jamais processei o jornal por matéria publicada. Além disso, os outros processos são sempre derivados de matérias originadas de O Globo ou de veículo de suas organizações. Agora, que caminho me resta para tentar reparar a minha honra se não for o processo? Não tenho tido nem o mais elementar do direito de defesa que é o contraditório.

Faço esse desabafo para a reflexão dos que lerem-no. Isso, evidentemente, sem nunca deixar de responder a qualquer acusação ou insinuação ou à mera intriga ou mentira política.

Falam muito de indicações políticas. No governo do presidente Lula - como já falei - só indiquei, junto com a bancada do meu partido no Estado, que à época eram de dez deputados, o ex-prefeito Luiz Paulo Conde, que era inclusive à época secretário de Estado do governo de Sergio Cabral, para a presidência de Furnas, ou seja, uma das seis diretorias que Furnas possui e que na sua governança, o poder dos  votos são iguais. Ora, eu era um décimo de uma bancada e ajudei a nomear um sexto da empresa, logo é matemático: eu era 1/60 avos da indicação da empresa, ou não é isso? Não é verdade que eu tenha indicado quem quer que seja para qualquer cargo na estrutura de Furnas, nunca coloquei os pés lá e nem sei quem ocupava o quê lá.

No governo da presidenta Dilma, sequer tenho cargo e tampouco pedi algum. Não que eu tenha algo contra político indicar, mas eu não o fiz. Agora, é engraçado ver todos brigando por cargos e alguém com um mínimo de inteligência acreditar que eu, sozinho, teria poder para indicar 19 cargos, como afirma o jornal O Globo.

Temos de acabar com essa hipocrisia. Quem está sendo nomeado hoje para ocupar cargo foi indicado por quem? Foi concurso público? Até nós, que fomos eleitos deputados, senadores, governadores e vice, presidente e vice, tivemos que nos submeter a um concurso público para sermos candidatos, ou foi um processo meramente político? Não enfrentamos convenções partidárias, fizemos coligações antes de sairmos às ruas e pedirmos votos? Os ministros não foram indicados por partidos ou interesses políticos? E, além disso, será que o fato de indicarmos alguém que naquele momento possuía reputação ilibada e competência para a função nos torna responsável pelos seus atos onde trabalharem? A quem os indicados são subordinados? E, será que pelo fato de termos indicado alguém em algum momento somos responsáveis por todos os atos e empregos da vida profissional futura dessas pessoas? Será que elas não poderão mais trabalhar?

Se depender do conteúdo das reportagens de O Globo, quem, por ventura, um dia se relacionou comigo está condenado ao resto da vida a não mais trabalhar e todos os seus atos e empregos serão de minha responsabilidade. É lastimável o que o jornal O Globo tenta impor à opinião pública. Resta a essa mesma opinião pública discernir sobre quem está com a verdade. Afinal, versões nem sempre correspondem aos fatos. Curiosamente, no passado, já assistimos a esse filme de perseguição com os mesmos perseguidores e outras vítimas.

Também quero aproveitar e sugerir algumas pautas ao O Globo que, certamente, devem ser de “minha responsabilidade”, tais como as chuvas da Região Serrana, a fuga dos traficantes do Complexo do Alemão, o apagão do Nordeste, a aposentadoria do Ronaldo “fenômeno”, a perda do Corinthians na Taça Libertadores e, talvez, por eu ter participado da CPI do apagão aéreo, da queda do avião da TAM e quem sabe até a do avião da Air France. Talvez eu, há 30 anos, tenha nomeado o Mubarak para ditador no Egito, ou nomeado o Kadafi, na Líbia, dentre outros fatos que, certamente, também são da “minha responsabilidade”.

Ass.: deputado Eduardo Cunha
Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO DIA 06 DE FEVEREIRO DE 2011

Mais uma vez, em função da continuada campanha promovida pelo repórter Chico Otavio e pelo jornal O Globo, além dos desdobramentos políticos e do noticiário decorrente da substituição em Furnas, tenho a esclarecer o que se segue, em seqüência às notas anteriores já tornadas públicas:

1) Com relação à nova matéria de O Globo, veiculada no dia 05 de fevereiro de 2011, beira o ridículo. Não me ouviram e insistem em versão de empresa ligada a mim, o que é absolutamente inverossímil;

2) não tenho ligação com qualquer empresa que por ventura tenha feito negócios com qualquer empresa ou órgão do governo, incluindo Furnas;

3) é mentira a versão de que fiz emenda para que pudesse o tal negócio ser concluído. A emenda que fiz foi iniciativa do governo e, além disso, era desnecessária a emenda para o negócio. Provo o que estou falando e desafio aos detratores provarem o contrário;

4) sobre a operação de mercado citada na reportagem de O Globo, pelos documentos divulgados por Furnas e disponíveis em seu site, não haveria a possibilidade de Furnas ficar majoritária, mesmo que detivesse 100% da sociedade citada, já que a sociedade citada é que detinha 49% do empreendimento, logo, o máximo com que Furnas ficaria seria 49% do empreendimento, o que não a tornaria majoritária. É uma questão matemática que, infelizmente, o repórter por má fé ou ignorância finge não entender;

5)  com relação à operação mencionada, cabe à Furnas responder, mas pelo que li disponível no site da estatal a matéria de O Globo é absurda e visa única e exclusivamente confundir o valor da operação com a forma de pagamento. Jamais a empresa poderia ter pago valor diferente dos determinados pela governança corporativa (Conselho de Administração e Eletrobrás);

6) com relação à decisão da presidenta da República de substituir a diretoria de Furnas, ela está no seu total direito e gostaria de reafirmar que jamais “peitei” (como assinalaram vários jornalistas), fiz exigências ou qualquer ameaça para manutenção do cargo. Sempre disse que a decisão de tudo alusivo à Furnas era dela e apenas pedia uma definição de critério para o PMDB ocupar os espaços. Defendi também que o partido escolhesse o espaço que a bancada do Rio de Janeiro detivesse, levando em conta ser a maior bancada regional do partido no Congresso Nacional. Jamais disse que esse espaço teria de ser “Furnas”, ou qualquer outro cargo;

7) é importante ressaltar que o sr. Carlos Nadalluti, um profissional que conheci quase às vésperas da sua posse, teve o apoio da bancada do PMDB para suceder Luiz Paulo Conde, em função da sua enfermidade. Trata-se de profissional de mais de 30 anos de casa, superintendente de Operações à época, por acaso até nomeado pelo então diretor de Operações, Fabio Rezende, meu desafeto e detrator. Nadallutti pautou a sua gestão para consertar os erros e estancar os prejuízos que, lamentavelmente, herdou da gestão exercida em Furnas pelos senhores Fabio Rezende e Jose Pedro, que sequer faziam a empresa ter condições de cumprir suas obrigações. Graças ao trabalho de Nadalluti, Furnas reergueu-se;

8)  com relação ao sr. Flavio Decat, não o conheço, mas acho que a sua indicação só corrobora a correção da gestão atual, já que ele atuou, entre 2009 e 2010, como presidente do Conselho de Furnas e nessa condição apreciou muitos dos pontos que estavam no dossiê apócrifo e que, certamente por essa condição, responderá com convicção todos os detalhes. Além disso, os anteriores e, certamente ele os conhece e se errado fosse, com certeza teria a seu tempo tomado as providências cabíveis;

9) com relação às notas da coluna do jornalista Ilimar Franco, dos dias 05 e 06 de fevereiro de 2011, a quem, apesar de estar em O Globo, respeito como profissional, tenho a dizer que se trata de mais uma fofoca e que, logo após lê-la, telefonei ao vice-presidente da República, Michel Temer, e ao ministro Moreira Franco para desmenti-la, o que era até desnecessário, pois a convivência com ambos é estreita e só nessa semana estivemos juntos várias vezes e, também, não estava “possesso” com Furnas, conforme ele escreveu, estava, sim, abordando a situação dos setores do PT que me atacaram;

10) com relação à agressão do colunista Jorge Bastos Moreno, em O Globo, é... sem comentários. Obviamente, nunca acusei o PT e nem ninguém de “bater carteira” e sequer disse que a presidenta poderia nomear até um “cara homossexual, desde que submetido a mim”. A deturpação do que declarei ao jornal O Estado de S.Paulo é tão gritante que só o ódio que ele nutre por mim explica, além da má fé explícita do jornalista;

11)  com relação à nota publicada na revista IstoÉ de que fiz ameaça com CPI, desafio a provarem a quem disse isso, informação que é absolutamente falsa;

12) nunca fiz qualquer ameaça e nem tenho denúncias a fazer contra quem quer que seja, governo ou PT, apenas — repito — denunciei o jogo político de setores do PT já por mim elencados de tentarem buscar espaços através da mentira e da divulgação de dossiês apócrifos.

13) com relação à matéria de O Globo, edição de 06/02, página 13, quero aqui ressaltar que o líder da bancada, Henrique Alves, defende a bancada do Rio, assim como defende todas as bancadas e foi, por isso, reeleito por unanimidade pela quinta vez consecutiva. Tudo o que ele faz pela nossa bancada eu testemunho e o que faz por todas é o que o leva a essa condição. O deputado que me ataca na matéria, Osmar Serraglio é notório desafeto meu e concorreu ao cargo da primeira vice-presidência e obteve apenas 9 (nove) votos. Ele não se conforma com a ausência de holofotes e busca obtê-los, sempre.

14) com relação à nota da coluna Radar, da revista Veja, e às várias citações em inúmeros órgãos de imprensa de uma suposta animosidade da presidenta da República com relação a mim, quero dizer que desconheço tal sentimento. Sempre fui tratado por ela com a maior consideração e respeito. Se animosidade existe, nunca a mim foi expressada. Lutei muito para ajudar na eleição da presidenta. Ajudei muito a explicar as mentiras sobre ela que proliferavam no meu segmento eleitoral. Acredito nela e em seu projeto e, da mesma forma que preferi acreditar na sua sinceridade e não nas mentiras que os adversários professavam, também espero que ela saiba reconhecer as mentiras que são divulgadas sobre mim com relação a esses fatos que abordei nesta nota e saiba, como mandatária, avaliar bem os interesses políticos que estão por trás dessa campanha difamatória.

Ass. deputado federal Eduardo Cunha (PMDB – RJ)
06 de fevereiro de 2011.

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO DIA 28 DE JANEIRO DE 2011

Tendo em vista a continuidade da campanha patrocinada pelo repórter Chico Otávio, já por mim explicitada e obviamente encampada pelo jornal O Globo, tenho  a esclarecer o que se segue:

1)      Para tentar justificar aos seus leitores que faz jornalismo imparcial, o que efetivamente não ocorre, O Globo usa frases postadas em meu Twitter para publicar como resposta a demandas que desconheço. Usam para tentar passar a impressão de que ouviram o outro lado em um comportamento anti ético, muito diferente da maioria dos órgãos de imprensa que tratam sobre o mesmo tema;

2)      não fiz qualquer ameaça - a quem quer que seja - muito menos a petistas como publicou O Globo. Apenas expressei opiniões políticas acerca de grupos  integrantes do PT (leia se Jorge Bittar e Fabio Rezende) que acham que divulgar dossiês é a forma correta de atingir os seus intentos. Citei como exemplo o caso que ficou conhecido como dos “aloprados” por causa da semelhança de ação política, ou seja, grupos fazem denúncias à revelia da direção e da vontade partidária e aí tem as conseqüências de natureza política;

3)      a citação ao diretor da Eletrobrás Valter Cardeal e ao ex diretor Flavio Decat, foi em caráter elogioso, dizendo que se a operação denunciada,tivesse sido na forma que foi, eles como presidentes do conselho,cada um a sua época, não teriam aprovado;

4)      Furnas respondeu de forma contundente sobre a operação, aliás, como é de sua responsabilidade e não cabe a mim comentar sobre isso;

5)      quero novamente deixar bem claro que o apartamento que aluguei em Brasília por um período, teve as suas locação e despesas integralmente pagas por mim;

6)      desconheço qualquer dessas empresas e seus negócios, bem como seus dirigentes e acionistas. Não sou “supostamente ligado” – como afirma de forma equivocada O Globo -  a qualquer uma delas, muito menos a Serra da Carioca;

7)      o fato de conhecer pessoas, não significa que todos os assuntos pertinentes a essas pessoas e suas atividades profissionais, tenham de ser do meu conhecimento ou que tenham de passar pela minha interferência. Desconheço atividade profissional do Lutero no momento e, apesar do apreço por ele, não tenho contato regular para saber detalhes de sua vida profissional. Desconheço também qualquer ato irregular da parte dele e mesmo que se o tivesse, caberia a ele a sua defesa e não a mim;

8)      quero também deixar claro o meu apoio ao governo que ajudei a eleger e vou continuar ajudando na Câmara dos Deputados, para qual 150.616 eleitores me escolheram para representá-los.

Ass. Eduardo Cunha
28 de janeiro de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO DIA 27 DE JANEIRO DE 2011

Tendo em vista a campanha continuada patrocinada pelo repórter Chico Otávio, e já por mim denunciada em pronunciamento na Câmara dos Deputados, no dia 24 de novembro de 2010, com as motivações de natureza pessoal já denunciadas e públicas no Rio de Janeiro, em respeito a todos que por ventura leram e aos meus eleitores, esclareço o que se segue:
 
1) Juntamente com a bancada do meu partido, participei da indicação política do brilhante companheiro e ex-prefeito da minha cidade, Luiz Paulo Conde, para a empresa Furnas, tendo ele à época deixado o secretariado do governador Sérgio Cabral, para assumir relevante posto;

2) posteriormente, em função de grave doença a que foi acometido, o ex-prefeito teve que deixar a empresa, sendo substituído por técnico de carreira da empresa, o engenheiro Carlos Nadalutti, escolhido pelo governo dentre várias opções estudadas e que contou com o meu apoio e o de toda a bancada do meu partido no estado;

3) jamais – e, em nenhum momento - estive na sede da empresa (Furnas), nem para a posse de Conde ou de Nadalutti, e jamais indiquei quem quer que seja. Assim, como toda a bancada do meu partido, apenas senti-me orgulhoso por nosso estado ter uma posição honrosa de representação política;

4) Friso que nunca apresentei pessoas e tampouco negócios, a quem quer que seja, em Furnas;

5) desconheço a operação denunciada e pelo pouco conhecimento que possuo sobre governança, duvido que tenha se passado da forma colocada e deve ser esclarecida por quem de direito;

6) com relação ao sr. Lucio Funaro, desconheço qualquer participação, até porque não conheço os seus assuntos e, com relação a situação descrita, já foi objeto de várias citações em matérias jornalísticas, todas respondidas por mim, nas quais provo jamais ter mantido qualquer relação com ele, que não seja a locação por um período, que se encerrou em 2005, de um flat em Brasília, onde eu pagava aluguel e despesas, diretamente a quem havia me locado o imóvel e, certamente, esse dinheiro era ou deveria ter sido repassado a ele que, obviamente, pagava as taxas de condomínio e IPTU, como qualquer locação em que o administrador lhe cobra e paga. Jamais morei de graça ou tive qualquer despesa paga pelo sr. Lucio Funaro;

7) quanto a Lutero de Castro Cardoso, conheço-o de longa data. É profissional eficiente, que foi efetivamente por mim indicado à época do governo de Rosinha Garotinho para ocupar cargo na administração estadual e foi por ela aceito e cooperou com o seu governo de forma a que ela mesmo possa testemunhar. Quanto à sua vinculação com a empresa mencionada pela reportagem de O Globo, desconheço e se Lutero a tem, não foi por meu intermédio. Desconheço também qualquer participação dele em discussão com Furnas. Desconheço as suas atividades profissionais atuais e pouco contato mantive posteriormente com ele, embora não tenha qualquer problema de tê-lo;

8) quanto ao documento apócrifo, cuja autoria sequer tiveram coragem para assumi-la, lamento profundamente que tenham dado credibilidade sem a autoria assumida, mas isso é digno do caráter do repórter responsável pela campanha e sabe-se  informalmente que sua autoria é do ex-diretor de Furnas, Fabio Rezende, indicado ao cargo pelo deputado Jorge Bittar, do PT-RJ, e irmão do ex-ministro da Ciência e Tecnologia, que ficou inconformado pela substituição do seu amigo José Pedro e, desde então, fazia oposição. Posteriormente, saiu de Furnas e conseguiu emplacar - via PT - o seu substituto atual, um tal de Zani. Constata-se no tal documento apócrifo que Zani é o único diretor poupado de críticas;

9) todas as informações mencionadas no documento apócrifo são de fatos dos quais Rezende participou como diretor. Ele cita, inclusive, o sr. Dimas Toledo como influente junto aos atuais diretores, esquecendo-se de que esse sr. Dimas foi diretor de Furnas, na mesma época em que Rezende esteve na empresa, por cerca de dois anos, e, naquele momento, ele não criticava;

10) a gestão de Fabio Rezende e do sr. José Pedro deixaram uma herança de prejuízos e problemas em Furnas, já detalhados pela empresa em notas públicas e de conhecimento do governo. Foram (e são) incompetentes e se a empresa está se levantando é graças a ação política para, através de medidas legislativas, consertar os erros passados e os quais cabe a empresa divulgar, como, aliás, está fazendo, embora em termos técnicos e polidos, o que dificulta a compreensão para o cidadão comum;

11) nunca é demais lembrar que a empresa teve dois apagões nos últimos anos, cuja responsabilidade de explicação é justamente da área do Sr. Fabio Rezende;

12) em meu Twitter, continuarei me defendendo de acusações e manifestando opiniões políticas inerentes à minha função pública de agente político, sem, entretanto, abrir mão dos processos judiciais os quais abrirei em função da campanha do repórter que age de má fé e a serviço de interesses, que ele não pode expressar.”

Ass. Eduardo Cunha
27 de janeiro de 2011.